PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE PIRAÚBA PROTESTAM CONTRA A SUSPENSÃO DO PISO SALARIAL

A categoria se reuniu na Praça Lucy Gomes Caputo, com cartazes , balões, vestidos de preto e narizes de palhaço.

          Grupo se reuniu na Praça Lucy Gomes Caputo em Piraúba com cartazes e narizes de palhaço e seguiram para a Praça Guarurama, praça central da cidade, o protesto foi para cobrar o aumento nas remunerações, que tinha sido aprovado no Congresso e sancionado, mas foi suspenso pelo STF.

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           Profissionais da enfermagem realizaram um protesto em Pirauba(MG), na manhã desta quarta-feira(07/09), para defender o novo piso salarial da categoria. As novas faixas de remuneração tinham sido aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro, mas a lei foi suspensa pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último domingo (04/09).

          A categoria se reuniu na Praça Lucy Gomes Caputo, praça da matriz, com cartazes , balões, vestidos de preto e narizes de palhaço. Durante as manifestações seguiram em direção a Praça Guarurama, praça central da cidade, vale destacar que a enfermagem é o setor que mais teve óbitos durante a pandemia de Covid-19 e que a discussão sobre o novo piso se arrasta há 20 anos sem um desfecho

Manifestantes saem as ruas com cartazes, balões, vestidos de preto e narizes de palhaço. – Foto: Redes Sociais

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Foto: Redes Sociais

           Não só em Piraúba, em diversas cidades do país, o ato foi repetido nesta e em outras datas. A intenção é pressionar para que a lei seja novamente validada, uma vez que o caso ainda será julgado pelo STF. A suspensão ocorreu de forma temporária, enquanto o Supremo aguarda informações solicitadas a diferentes esferas do poder público e entidades da área da saúde.

Fotos do acontecimento:

Foto: Rede Sociais

 

O que estabelece a lei?

A legislação, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, fixou em R$ 4.750 o piso nacional de enfermeiros dos setores público e privado, e estabeleceu que o valor salarial mínimo de técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras será calculado com base nesse montante.

  • Enfermeiros: R$ 4.750;
  • técnicos de enfermagem: R$ 3.325 (70% do piso dos enfermeiros);
  • auxiliares de enfermagem: R$ 2.375 (50% do piso dos enfermeiros);
  • parteiras: R$ 2.375 (

Entenda o piso salarial para enfermeiros e a suspensão da nova lei

Como foi a tramitação da lei?

O projeto que define os valores do piso da enfermagem altera uma lei de 1986, que regulamenta o exercício da função no país. A proposta foi aprovada pelo Senado e pela Câmara em novembro do ano passado e em maio deste ano, respectivamente.

No entanto, antes de enviar o texto à sanção presidencial, os parlamentares avaliaram que deveria ser inserida na Constituição Federal uma norma que permitisse que o valor salarial mínimo da enfermagem fosse definido por meio de lei federal. Essa medida foi tomada para evitar ações judiciais que pudessem suspender o piso.

Em julho deste ano, o Congresso Nacional promulgou uma Proposta de Emenda Constituição (PEC) que incluiu na Constituição a possibilidade de uma lei federal instituir pisos salariais para enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e parteira.

Depois da promulgação da PEC, o projeto de lei que estabeleceu os valores do piso dos enfermeiros foi enviado à sanção.

 

O que foi sancionado?

No dia 4 de agosto, Bolsonaro sancionou, com um veto, o projeto de lei aprovado pelo Congresso. O trecho vetado foi o que estabelecia que os pisos seriam atualizados anualmente com base na inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

 

Como a lei foi suspensa?

A lei que instituiu o piso da enfermagem foi suspensa no domingo (4) por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF.

O ministro atendeu a um pedido da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que defende que o piso da enfermagem é financeiramente insustentável.

 

 

O que motivou a suspensão da lei?

Após a aprovação da lei, instituições indicaram a possibilidade de demissão em massa e de redução da oferta de leitos.

Com base nos dados apresentados na ação, o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso entendeu que há risco de piora na prestação do serviço de saúde, principalmente nos hospitais públicos, Santas Casas e hospitais ligados ao SUS.

Na decisão, Barroso afirmou que é preciso valorizar a categoria, mas que neste momento “é necessário atentar aos eventuais impactos negativos da adoção dos pisos salariais impugnados”.

Segundo dados da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), a implementação do piso nacional de enfermagem geraria um aumento de gastos de R$ 6,3 bilhões ao ano, a redução de 20 mil leitos e a possível demissão de 80 mil profissionais de enfermagem.

Quais serão os próximos passos?

Estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde têm 60 dias para enviar ao Supremo dados detalhados sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso.

Além disso, a decisão de Barroso será levada para análise dos demais ministros do Supremo nos próximos dias.

O julgamento deve ocorrer na próxima sexta (9) em plenário virtual, onde os votos dos ministros são computados no sistema eletrônico da Corte.

 
 
 
 
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