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ROTARY DE PIRAUBA PROMOVE PALESTRA SOBRE “VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER”

O Rotary Clube de Piraúba, promoveu, na noite de terça-feira, 31 de outubro, uma palestra dedicada à conscientização sobre os direitos das mulheres, com o tema “Violência contra a Mulher, como mudar essa realidade?”.

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O membro do Rotary Paulo Pacheco Lopes, abriu o evento falando que uma das metas da gestão 2023 é 24, do Rotary Clube de Piraúba,  é instituir palestra com temas de relevância para a sociedade. Por esse motivo se optou por  trazer o tema sobre a violência doméstica, visando sensibilizar, atentar a comunidade como um todo, para combater essa prática.

E por que a violência doméstica deve ser discutido? Pelos inúmeros dados estatísticos sobre mulheres assassinadas em casa, mulheres assassinadas só por ser mulheres, mulheres jovens, que estão em relacionamento abusivo, aumento do feminicídio na pandemia ou cultura de que em briga de mulher ninguém deve meter mulher., o silêncio a culpa, dentre outros motivos isso acontece. 

Nem sempre a verdade identificada pela vítima que está sofrendo, já que essa tem dificuldade de encontrar a alternativa de ajuda, seja pela ameaça a si  e a familiares como também pelo isolamento e desqualificação da mulher imposta pelo seu parceiro.
Portanto, falar, ampliar e debater o tema se confirma pelo caminho impossível de intervenção de prevenção estímulo ao rompimento do ciclo de verdade e seus efeitos nos mais diversos campos, possibilitando a estruturação de novos modelos de relação de gêneros baseado no respeito, no amor-próprio e da equidade.

 

Paulo Pacheco Lopes dá inicio ao evento| Foto: Claudio Inacio

Para falar sobre o tema “Violência Contra a Mulher, como mudar essa realidade”,  foi convidada, a Sra. Senira Regina Rocha, diretora da Casa de Therta – Associação Therezinha Regina Tavares de Combate A Violência,. Localizada em Juiz de Fora / MG , servidora aposentada do Tribunal de Justiça por mais de 30 anos, coordenadora por mais de 14 anos do projeto de mediação das medidas protetivas da Comarca de Juiz de Fora, é tecnóloga em meio ambiente e Pós-graduada em Direito da Criança e do Adolescente, Pós-graduada em mediação de conflito.  

Ela começou indagando sobre o que é violência e durante todo o debate ela explanou sobre a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), e outros tipos de violência.  
Em sua fala, Senira falou dos trabalhos que realiza, dos grupos reflexivo que realiza trabalhos. Na oportunidade, Sabrina, psicologa da Gasa de Therta falou dos trabalhos realizados nos grupos de mulheres.

Sra. Senira Regina fala sobre Violência contra Mulher.

Perguntada sobre Violência contra a Mulher, como mudar essa realidade?, ela respondeu:

Não acredito em uma solução a curto prazo, mas acredito que se conversamos como mulheres , com as vítimas, se queremos empoderá-las, devemos trazer para conversa os homens, são as mulheres que criam esses homens, que educam esses homens, mas não é fácil. Quando a gente mostra o homem sobre o feminismo, todo o caminhar da mulher durante séculos e quando ele entende que não tem volta, ou caminhamos juntos daqui para frente ou viveremos nessa guerra. Senira Regina Rocha

Infelizmente, a violência doméstica ainda é a principal causa de mortes de mulheres no Brasil. Segundo o Mapa da Violência 2015, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex. Essas quase 5 mil mortes representam 13 homicídios femininos diários em 2013

A Psicologa Sabrina, falou sobre o trabalho com grupo de mulheres da Casa de Therta.

A palestrante ressaltou que não é somente a agressão física que é considerada violência contra a mulher, existem inúmeros casos, sendo que qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado , é considerado violência contra a mulher . Também lembrou que não é apenas no âmbito doméstico que a opressão de gênero ocorre, muitas vezes também, nos espaços públicos, profissionais e institucionais.

Eu não acredito em outra forma, se os homens não aprenderem que devem buscar equilíbrio emocional, que prestem atenção nas suas reações violentas, que não se coloque em risco, já teremos um grande passa para modificar essa realidade. É preciso que se respire. Antes do tapa, antes do xingamento, antes da ofensa, nós temos que apreender a nos controlar. Afirmou Senira.  

OS TIPOS DE VIOLÊNCIA

Violência física: qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher. Por exemplo, espancamento, lesões com objetos cortantes, sufocamento, atirar objetos, ferimentos causados por arma de fogo, entre outros.

Violência moral: qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Por exemplo: expor a vida íntima, acusar a mulher de traição, desvalorizá-la pela forma de se vestir, rebaixar a mulher por meio de xingamentos, entre outros.

Violência sexual:  qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. Por exemplo: estupro, impedir o uso de métodos contraceptivos, obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto, entre outros.

Violência patrimonial: qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. Por exemplo: controlar o dinheiro, deixar de pagar a pensão alimentícia, estelionato, causar danos propositais a objetos, entre outros.

ONDE DENUNCIAR OU PROCURAR AJUDA

DELEGACIA DE POLÍCIA

PROMOTORIA DE JUSTIÇA

DISQUE 190 (SE VOCÊ ESTÁ SOFRENDO VIOLÊNCIA OU SE OUVIR GRITOS E SINAIS  DE BRIGAS)

DISQUE 180 (PARA DENUNCIAR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA)

DISQUE 100 (QUANDO A VIOLÊNCIA FOR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES)

EM CASO DE VIOLÊNCIA SEXUAL, PROCURAR O Hospital de sua cidade (ABERTO 24 HORAS)

Casa de Therta

A Associação Therezinha Regina Tavares, conhecida como Casa de Therta,. é um  projeto que promove a cultura da paz e o combate à violência em todas as suas formas em Juiz de Fora. O nome homenageia a mãe da diretora, Senira Rocha. Segundo ela, a Casa é uma associação de portas abertas. “Quem chega, nós atendemos. Mas há também encaminhamentos para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

Em relação ao trabalho desenvolvido, Senira explica que o projeto atua em diferentes frentes. “Desenvolvemos atendimento psicológico para adultos e adolescentes. Nesse caso, temos convênio com as faculdades Universo e Uniacademia. Além disso, fazemos orientação jurídica e buscamos evitar que quem nos procure chegue até o judiciário. Preferimos chamar para conversar e resolver o problema de forma amigável. Também somos a primeira associação sem fins lucrativos em Juiz de Fora a fazer projeto junto à Vara de Violência Doméstica, com grupos reflexivos para homens com histórico de agressão”, destaca.

 

 

Noite de palestra
 
 
 

 

 

 
 
 
 
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